Qualcomm pede aos Estados Unidos permissão para vender tecnologia à Huawei

António Guimarães
António Guimarães
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De acordo com o Wall Street Journal, a Qualcomm preparou uma apresentação com intenção de solicitar permissão aos Estados Unidos para vender processadores à Huawei. Este pedido vem na sequência das limitações impostas no comércio de componentes da TSMC, uma fornecedora chave da Huawei.

Nos documentos, a Qualcomm argumenta que esta decisão não vai impedir a Huawei de fabricar componentes à mesma. Além disso, as restrições podem fazer com que os Estados Unidos percam milhões e milhões em vendas de componentes à Samsung ou MediaTek.

Assim sendo, a Qualcomm afirma que remover essas restrições só irá beneficiar as empresas americanas, de forma a que se possam manter competitivas. Com o advento do 5G em processadores, a Qualcomm pode ficar em desvantagem face às suas concorrentes.

O que a Qualcomm pretende não é impossível. Empresas como a Intel, Micron e Xilinx não foram afetadas pelas restrições dos Estados Unidos. Desta forma, talvez a Qualcomm consiga o que pretende.

Huawei com processadores Snapdragon resolveria tudo

Desde que o conflito entre os Estados Unidos e a China começou, a Huawei tem vindo a ser afetada de várias formas. No entanto, a solução é simples: vender smartphones com processadores Snapdragon, como já faz a Samsung. Nos Estados Unidos, a Samsung utiliza Snapdragon, com Exynos no resto do mundo.

Se a Huawei desse o "braço a torcer" e implementasse a mesma estratégia, tudo ficaria resolvido. Os Estados Unidos deixariam de suspeitar de espionagem através do Kirin (Snapdragon são processadores americanos e "seguros) e a marca poderia continuar a vender equipamentos com Kirin no resto do mundo.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.