Malware detetado em várias Skins para Minecraft na Google Play Store

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

Não será surpresa para ninguém quando dizemos que a Google não é nada perfeita no que diz respeito a manter as ameaças e software malicioso fora da sua loja oficial para Android, a Google Play Store apesar de estar a aplicar um mecanismo de Symantec que descobriu uma nova ameaça que pode afectar sobretudo os equipamentos (smartphones e tablet's Android) utilizados pelos mais novos, ou por qualquer ávido jogador de Minecraft.

Ameaça de Malware na Google Play Store visa os jogadores de Minecraft

A rivalidade entre a Microsoft e a Google não é propriamente nova mas ainda não tenha chegado aos ciberataques.

Contudo, segundo avança a equipa de peritos da Symantec, foi recentemente descoberto que a versão mobile do Minecraft tem sido utilizado como vetor (como porta de entrada) para atacar os dispositivos - infectar as máquinas - dos jogadores com pelo menos 8 aplicações na Google Play Store a estarem recheadas de malware.

Aparentemente seriam extensões (ad-ons) para o Minecraft mas na prática, assim que instalasses alguma destas aplicações (apps) no teu dispositivo, estas iriam aceder a um servidor remoto e iriam emitir pedidos de apresentação de publicidades ou propagandas.

Na prática não eram apresentadas publicidades ao utilizador mas, como o pedido de emissão de publicidade tinha chegado ao servidor, o desenvolvedor destas Apps iria na mesma receber os proveitos, os lucros destes anúncios que nunca chegaram a ser apresentados.

Como age este malware presente na Google Play Store?

Ora, apesar de isto até soar bem à primeira vista - afinal de contas ninguém gosta de receber publicidades / propagandas, o smartphone ou tablet dos utilizadores afetados iria sentir um forte quebra na autonomia com a bateria a esgotar-se mais rapidamente.

Piorando a situação para estes jogadores de Minecraft que haviam descarregado algumas skins, os seus dispositivos seriam posteriormente adicionados a uma botnet, a uma rede automática, um grupo automático de equipamentos como smartphones e tablets que estariam ao dispor dos hackers para posterior ataque / acesso.

Os dispositivos agrupados numa botnet podem depois ser utilizados, a comando dos hackers para posteriormente executarem um ataque de DDoS (distributed denial of service) em que os dispositivos são utilizados como peões para pedir repetidamente acesso, por exemplo a um site, até que os servidores deixem de responder.

A agência Symantec já apelidou este malware presente na Google Play Store de "Sockbot" e afirma que conseguiu identificar pelo menos 8 aplicações (apps) infetadas que entre si já tiveram mais de 2 milhões de descarregamentos e instalações.

Todas estas Apps infetadas e especificamente criadas para se aproveitarem dos jogadores de Minecraft foram concebidas pelo mesmo desenvolvedor / programador chamado "FunBlaster". Entretanto a Google também já terá sido notificada e o problema estará resolvido.

Entretanto a Google já removeu as Apps sinalizadas da Google Play Store

Apesar de já não ser novidade que existem e existirão ameaças de malware no seio da Google Play Store esta situação é particularmente nefasta quando pensamos no público alvo em questão - crianças em tenra idade - que sem qualquer dúvida descarregarão este tipo de Apps sem sequer imaginarem que poderão estar a correr um considerável risco, ou que este sequer existe.

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Apesar de a Microsoft não revelar muita informação, de acordo com várias fontes a maioria dos jogadores de Minecraft tem menos de 15 anos. Para além disso, à primeira vista estas Apps apenas aplicariam mudanças cosméticas ao jogo e isto tornava-as ainda mais insuspeitas.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.