Apple está a limitar o uso de apps concorrentes ao seu Screen Time

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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De acordo com um relatório do The New York Times, a Apple está a reprimir o uso de aplicações que concorrem com uma das suas mais recentes funcionalidades. Em causa está a funcionalidade Screen Time, que tem como objetivo fazer com que passemos menos tempo com o smartphone.

De acordo com os dados da fonte, pelo menos 11 das mais populares aplicações de controlo de tempo e controlo parental foram removidas da App Store. Noutros casos temos aplicações que viram algumas das suas funcionalidades removidas por imposição da empresa de Cupertino.

Este é um fenómeno que está a afetar aplicações com vários milhares de downloads na App Store. Temos mesmo casos de aplicações pelas quais os utilizadores pagaram e que agora vêm a mesma limitada na sua operação ou removida por completo.

Apple enfrenta processo judicial em razão destas decisões

Naturalmente que os lesados não iriam ficar de braços cruzados perante tamanho ataque aos seus produtos. Duas populares empresas de aplicações de controlo parental já apresentaram queixa contra a Apple junto da União Europeia.

Em causa estão alegadas violações contra as leis da concorrência. Na perspetiva de alguns dirigentes, a Apple simplesmente não quer que os seus serviços concorram com propostas de terceiros.

Muitas aplicações terceiras são bem mais agressivas nas funcionalidades que oferecem quando comparadas com o Screen Time da Apple. Caso essas fossem usadas em detrimento dos serviços da empresa de Cupertino, tal poderia atingir os seus objetivos.

Fred Stutzman, diretor executivo da Freedom, refere mesmo que a Apple não tem intenções de que os utilizadores usem os seus iPhone´s por menos tempo. Declarações que vão claramente contra o que a tecnológica norte-americana disse quando revelou o seu Screen Time.

A Apple refuta qualquer intenção de prejudicar os seus concorrentes

Após estas denúncias, a Apple já veio dar a sua versão dos factos. Um porta-voz da empresa refere que o timing destas medidas em nada têm que ver com a disponibilização das suas novas funcionalidades.

Tammy Levine refere que a Apple trata todas as aplicações de igual forma, inclusive aquelas que competem com ela própria. Em última instância, aquilo que a norte-americana almeja é ter um excelente ecossistema e providenciar aos utilizadores o acesso ao maior número possível de aplicações de qualidade.

Veremos quais serão as conclusões que a União Europeia irá retirar das acusações que recebeu recentemente. Caso este órgão de soberania considere a Apple culpada dos factos de que é acusada, a empresa de Cupertino poderá encorrer numa multa de vários milhões de euros.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.